Espiritismo
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor!
entrará no reino dos céus, mas aquele que
faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”
(Mateus 7:21)
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor!
entrará no reino dos céus, mas aquele que
faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”
(Mateus 7:21)
O Espiritismo “é uma ciência de observação, e não o produto da imaginação.” [1]
E por que podemos afirmar isso?
Porque o Espiritismo nasceu da iniciativa do educador, pedagogo e praticante do magnetismo Sr. Hippolyte Léon Denizard Rivail – que mais tarde seria conhecido como Allan Kardec – de investigar, de forma bastante criteriosa, o fenômeno das “mesas girantes”.
Por volta de 1850, em Paris, durante os bailes e recitais, em ambiente mais íntimo, algumas pessoas se punham a “conversar com a mesa”, evocando a alma deste ou daquele falecido. Nessa época, as experiências com o magnetismo também eram bastante comuns e atraíam o interesse dos homens de ciência, principalmente na capital francesa.
Foi em 1854 que o professor Rivail ouviu falar mais detalhadamente sobre as tais “mesas girantes”, quando de seu encontro com o magnetizador Sr. Fortier. A possibilidade não lhe pareceu de toda impossível, em razão de o magnetismo ser uma espécie de eletricidade que pode, perfeitamente, fazer com que corpos inertes se movam.
Algum tempo depois, encontrou-se novamente com o Sr. Fortier, e este lhe afirmou que a mesa não só se movia, como também, quando interrogada, respondia! Incrédulo e julgando o fato contrário às leis da Natureza, respondeu-lhe: “Isto é uma outra questão; crerei nisso quando o vir, e quando se me tiver provado que uma mesa tem um cérebro para pensar, nervos para sentir, e que possa tornar-se sonâmbula; até lá, permita nisso não ver senão uma história para me fazer dormir.” [2]
Porém, em 1º de maio de 1855, presenciou, pela primeira vez, o fenômeno. Essas foram as suas impressões: “As minhas idéias estavam longe de ser detidas, mas havia ali um fato que deveria ter uma causa. Entrevi, sob essas futilidades aparentes e a espécie de jogo que se fazia desses fenômenos, alguma coisa de séria, e como a revelação de uma nova lei, que me prometia aprofundar.” [2]
Na residência do Sr. Baudin, o professor Rivail intensificou sua participação naquelas reuniões. Com isso, teve o ensejo de observar e analisar as contínuas comunicações, as respostas a perguntas formuladas verbal ou mentalmente – e que denotavam a ação direta de uma inteligência –, o que o levou a iniciar seus estudos e pesquisas:
Apliquei a essa nova ciência, como o fizera até então, o método da experimentação; jamais ocasionei teorias preconcebidas: observava atentamente, comparava, deduzia conseqüências; dos efeitos procurava remontar às causas, pela dedução e o encadeamento lógico dos fatos, não admitindo por uma explicação como válida senão quando podia resolver todas as dificuldades da questão. (...) Compreendi, desde logo, a seriedade da exploração que iria empreender; entrevi, nesses fenômenos, a chave do problema, tão obscuro e tão controverso, do passado e do futuro da Humanidade, a solução do que havia procurado em toda a minha vida; era, em uma palavra, toda uma revolução nas idéias e nas crenças; seria preciso, pois, agir com circunspeção, e não levianamente; ser positivo e não idealista, para não me deixar iludir.
(...) Só o fato da comunicação com os Espíritos, seja o que for que se possa dizer, provava a existência do mundo invisível ambiente; era já um ponto capital, um campo imenso aberto às nossas exploração, a chave de uma multidão de fenômenos inexplicados. [2]
Como resultado de suas investigações, que visavam, sobretudo, à universalidade do ensino dos Espíritos – ou seja, a concordância de conceitos e concepções entre as várias comunicações –, em 18 de abril de 1857, o prof. Rivail publicou O Livros dos Espíritos, sob o pseudônimo de Allan Kardec.
Diante deste breve histórico, três pontos devem ser ressaltados:
· o prof. Rivail somente se convenceu da realidade do fenômeno através do raciocínio. Enquanto não descobriu a causa que fazia as mesas se movimentarem, não parou de investigar;
· a codificação do Espiritismo não foi concebida por um único cérebro, nem é fruto dos ditados póstumos de um único Espírito. Portanto, a universalidade do ensino dos Espíritos é que lhe garante a autenticidade;
· Allan Kardec não teve a pretensão de estabelecer a última palavra com o advento do Espiritismo, mas o que vier depois dele, para obter o aval da Doutrina, necessita guardar fidelidade aos seus princípios e postulados.
O Livro dos Espíritos é, assim, a obra básica da Doutrina Espírita, contendo os princípios de uma filosofia espiritualista que aborda temas sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente e futura, bem como o porvir da Humanidade.
Em 1861, constituindo o seguimento do livro anterior, lançou O Livro dos Médiuns, que traz a parte experimental da Doutrina Espírita. Guia para médiuns e evocadores, aborda os gêneros das manifestações, os meios de comunicação com o mundo invisível, o desenvolvimento da mediunidade e as dificuldades que se verificam em tais práticas.
Em 1864, representando a parte moral do ensino dos Espíritos, é a vez de O Evangelho segundo o Espiritismo, com a explicação das máximas morais do Cristo, segundo os postulados da Doutrina e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida. Nesse trabalho, Allan Kardec reuniu trechos do Evangelho que compõem um código de moral universal, sem distinção de culto.
Em 1865, trazendo uma análise da justiça divina em consonância com os princípios espíritas, tem-se O Céu e o Inferno ou A Justiça Divina segundo o Espiritismo. Composto de numerosos exemplos acerca da situação real da alma durante a morte e depois dela, a obra faz um exame comparado das doutrinas sobre:
· a passagem da vida corporal à vida espiritual;
· as penalidades e recompensas futuras;
· os anjos e demônios.
Em 1868, o lançamento da obra A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo trouxe as considerações de Kardec, à luz da ciência da época, sobre as origens do Universo e da Terra, bem como a explicação de fatos relacionados à vida e obra do Cristo.
Quais são os princípios básicos do Espiritismo?
· A existência de Deus como causa primeira de todas as coisas, único e imaterial, sem a visão antropomórfica característica de outras religiões;
· A existência dos Espíritos como seres imateriais e imortais, e que conservam a individualidade após a morte do corpo físico;
· A evolução dos Espíritos, sem cessar, para o atingimento da perfeição;
· A reencarnação como mecanismo fundamental dessa evolução, em cujo processo se revela a justiça divina;
· A mediunidade, faculdade inerente a todos os seres humanos, como meio natural de comunicação com os Espíritos desencarnados;
· A moral cristã como código de ética, sobre a qual se apoia a conduta do verdadeiro espírita;
· A pluralidade dos mundos habitados, ou seja, o universo infinito é plenamente ocupado.
O que representa a existência do Espiritismo para a Humanidade
Em virtude de se tratar de uma doutrina eminentemente racional, de visão universalista e progressista, não se proclama a detentora exclusiva da verdade.
Pelo fato de ter surgido numa época de grandes transformações sociais, filosóficas e políticas e de tratar da origem e natureza dos espíritos e de suas relações com o mundo material, sua existência representa:
· uma ruptura com o materialismo;
· uma revolução nas crenças e concepções; e
· uma diferente forma de pensar e, consequentemente, de viver, em razão de permitir às criaturas um conhecimento mais amplo da realidade eterna.
Mas isso não significa dizer que a “eternidade” tenha sido finalmente descoberta por ele. Não! Tal realidade e o respectivo contato com os ”mortos” sempre existiu, mesmo nas mais antigas religiões, porém, o fato é que, com o Espiritismo, esse intercâmbio passou a ocorrer de forma consciente, equilibrada e sem medo ou culpas de se estar perdendo o juízo ou se envolvendo com forças demoníacas.
A realidade que ele apresenta é a da vida no Universo se manifestando em dois planos: o visível (mundo material) e o invisível (mundo espiritual).
Assim, a população que se encontra sobre a face da Terra convive com a que se encontra na dimensão extra física, recebendo dela influência e também influenciando-a, porque ambas são faces de um mesmo ambiente. As experiências mediúnicas demonstram que a morte apenas encaminha o Espírito para uma outra realidade, na qual ele prossegue com sua individualidade e se relaciona com aqueles que aqui ficaram.
E o estudo dessa relação – mundo visível-invisível – nos permite constatar que progredir é o propósito de toda criatura, esteja ela encarnada ou desencarnada. Mas, estando ainda encarnada, a finalidade maior de sua existência é propiciar uma série progressiva de renovações de caráter moral, emocional, intelectual e espiritual, porque a evolução é o seu máximo objetivo.
O Espírito André Luiz afirma que o “Espiritismo é revelação divina para a renovação fundamental dos homens.” [3] “A doutrina é um conjunto de verdades sublimes, que se dirigem, de preferência, ao coração humano.” [4]
Quando, verdadeiramente, adotamos os postulados espíritas, surge em nós a necessidade da observância e vivência do seu conteudo ético-moral.
O Espiritismo, ao nos reeducar como seres imortais, ao nos fazer compreender a dor e não rejeitar a idéia da morte; ao ampliar nosso entendimento sobre o que representa o sofrimento e, com isso, nos isentar da onda de pessimismo que, de tempos em tempos, envolve a sociedade; ao nos proporcionar respostas às mais profundas questões existenciais e, em decorrência disso, nos confortar, ele trabalha e aprimora a essência de nosso ser, notadamente na área dos sentimentos, conforme considerações do Espírito André Luiz.
Buscar a Doutrina Espírita é, sem dúvida nenhuma, unir-se a um processo de autoeducação. É aceitar-se como um ser perfectível, frágil tantas vezes, é trabalhar a si mesmo, com afinco, buscando o conhecimento de si como criatura de Deus. [5]
Ciência, Filosofia e Religião
A Ciência, a Filosofia e a Religião constituem o triângulo sobre o qual a Doutrina Espírita assenta as próprias bases, preparando a Humanidade do presente para a vitória suprema do Amor e da Sabedoria no grande futuro. [6]
O conjunto de princípios que formula sobre as relações dos habitantes do mundo material com os seres do mundo invisível, abordado pela Doutrina Espírita, enfoca questões morais, filosóficas, científicas e religiosas. Daí porque dizer-se que o Espiritismo é, ao mesmo tempo, ciência, filosofia e religião.
Sendo assim, não se pode falar separadamente de um Espiritismo científico ou de um Espiritismo religioso. O seu corpo doutrinário é uno e indivisível.
Ciência
O momento histórico de seu surgimento tornou o Espiritismo uma ciência de observação, porque nele há:
· a valorização do método científico, da investigação e da experiência como fonte de segurança na busca do conhecimento;
· o uso do raciocínio e da lógica, uma vez que o fenômeno em si sempre estará sujeito a questionamentos de toda ordem;
· a universalidade do ensino dos Espíritos para a confirmação de seus argumentos. A Doutrina Espírita não é simplesmente a ideia de um só homem nem de um grupo. Allan Kardec foi apenas seu sistematizador e codificador. Podemos afirmar que O Livro dos Espíritos somente se consolidou por ser a expressão de um pensamento coletivo, geral. E é este aspecto que garantirá sua força e perpetuidade. Por fim,
· a desmistificação do relacionamento com o invisível, demonstrando que esse contato pode acontecer com a maior naturalidade possível, muito embora, as manifestações mediúnicas não constituam a base essencial do Espiritismo.
Filosofia
A força do Espiritismo está em ser uma filosofia com comprovação científica. No entanto, o fenômeno mediúnico, que evidencia a existência do espírito, é apenas o seu ponto de partida. Mas, a consequência moral que daí advém é o seu ponto de chegada.
É filosofia porque se utiliza da indagação para o entendimento dos problemas fundamentais da vida. É a busca humana por respostas, por um sentido e por uma compreensão sobre a origem, existência e destino humanos.
Através do diálogo, em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec elaborou essa filosofia de maneira didática, apresentando os postulados espíritas de maneira simples, clara e sem sofisticação, de entendimento totalmente acessivel a todos.
Religião
O Espiritismo faz-se também religião porque une a filosofia e a ciência a fim de que a criatura humana cresça para Deus.
No entanto, não deve ser compreendido como tal quando o termo é utilizado para designá-lo como revelação dogmática com seus cultos e rituais, ou profissão de fé, ou ainda como detentor de sacerdócio organizado ou alguém que o represente. O que representa a Doutrina são os cinco livros codificados por Kardec, e que fazem reviver o Cristianismo primitivo, porque está calcada na mais pura essência dos ensinos de Jesus. Apenas quando o termo religião for entendido como uma atitude íntima, particular, transcendente, de contato com Deus, então este vocábulo lhe pode ser aplicado.
No Brasil, o Espiritismo assumiu preponderantemente o aspecto religioso, sendo exaltados o amor a Deus e ao próximo, as virtudes, a veneração pelos bons Espíritos e a prática da caridade. Muito embora o seu berço tenha sido a França, foi em nosso país que mais se desenvolveu essa doutrina, e a consequência disso é que aqui se concentra o maior número de espíritas do mundo.
Em seu aspecto religioso, a Doutrina Espírita:
· ensina-nos a ligação direta com Deus, dispensando intermediações. Assim, não somos criaturas marcadas pelo pecado e dependentes de graças e intervenções. Somos filhos de um Pai que nos cumulou de infinitas possibilidades e nos espera em nosso processo evolutivo;
· ao apresentar Jesus por modelo e guia da humanidade, estabelece a Sua doutrina como roteiro de vida e caminho para chegarmos até Deus. Com isso, nos incentiva ao esforço para a reforma de nosso íntimo pela vivência das lições do Cristo.
· traz explicações sobre as lutas, as dores e os sofrimentos inerentes à vida humana. Fortalece nossa crença na Sabedoria e Misericórdia divinas, porém, de forma raciocinada, ou seja, não mais pelo medo, e sim pela consciente convicção. Demonstra que a dor não é um castigo, mas um processo de amadurecimento e crescimento;
· por não prometer nada e nem se mostrar como o único caminho, rompe com a idéia de salvação após a morte. Trata-se, portanto, de uma doutrina evolucionista, nao totalitária, porque considera o livre arbítrio individual e coletivo;
· leva-nos ao verdadeiro significado transcendental da existência, desenvolvendo em nós uma religiosidade mais dinâmica, porém, equilibrada;
· incentiva-nos a pensar por nós mesmos, para que o raciocínio e o entendimento nos isentem de atitudes fanáticas. Não mais a fé porque nos disseram! Sendo assim, não nos oprime e nem estabelece sacrifícios;
· reaviva em nossos corações a necessidade da caridade, do perdão e do amor, em razão de as lições de Jesus se tornarem mais abrangentes;
· disciplina nossa liberdade. Estejamos habitando a Terra ou o mundo espiritual, o que importa é vivermos com dignidade e harmonia. Quanto mais esclarecidos formos, mais responsáveis seremos! Com isso, a consciência sempre será nosso guia, estejamos nós morando na dimensão que for.
Quando se torna alvo de críticas e perseguições
O Espiritismo, em virtude da intolerância de muitos, já chegou a ser tachado de ”doutrina satânica” e “fábrica de loucos”. Entretanto, seus fundamentos foram estudados por homens ilustres, que o investigaram experimentalmente, à saciedade, concluindo pela legitimidade dos fatos observados e pela excelência dos postulados apresentados.
Muitos daqueles que alimentam o conceito de que se trataria de algo sobrenatural ou inatingível pela razão, ou ainda, que seria um mero campo de experimentação fenomênica, sem qualquer significação de ordem moral, assim procedem porque jamais o estudaram ou conheceram suas múltiplas facetas, quer no campo científico, quer no filosófico ou no campo religioso. Ou seja, aqueles que o criticam, assim o fazem por serem inexperientes nos assuntos do mundo espiritual.
Todavia, sem um estudo sério e metódico, não há quem possa dizer que conheça o Espiritismo. Impossível desvendá-lo com meia dúzia de palavras! Na realidade, trata-se de um conjunto claro e lógico de princípios, cuja aceitação e compreensão acontece paulatinamente, à medida que as experiências vão demonstrando e reforçando sua teoria.
A Doutrina Espírita até pode ser relativamente nova, mas muitos de seus princípios são tão antigos quanto o homem: Deus, a sobrevivência da alma e sua comunicabilidade com os homens, a reencarnação, a lei de causa e efeito...
O Espírito Emmanuel assim elucida tal controvérsia:
Antes de tudo, faz-se preciso considerar que a afirmativa tem sido objeto injusto de largas discussões por parte dos adversários da nova revelação que o Espiritismo trouxe aos homens, na sua feição de Consolador. As expressões sectárias, todavia, devem considerar que a época de Moisés não comportava as indagações do Invisível, porquanto o comércio com os desencarnados se faria com um material humano excessivamente grosseiro e inferior. [7]
Não tem por objetivo fazer prosélitos
A altercação religiosa deve ser evitada, a todo custo, pelos espíritas idôneos. Dialogar, sim; polemizar, não.
Se o próprio Cristo não polemizou sobre a Verdade, com Pilatos, porque haveríamos de nos arvorar em ser intransigentes defensores?
A discussao religiosa aumenta a distância entre Deus e os homens.
Divulgar a Doutrina, através de todos os recursos lícitos, é dever básico do espírita, desde que não haja imposição.
(...) Silenciando, ainda, ante Pilatos, Jesus não o estaria convidando a descobrir por si mesmo a resposta, como a dizer-nos que o conhecimento da verdade é uma tarefa pessoal?! [8]
O Espiritismo, por constituir-se de uma doutrina racional, não tem a preocupação sistemática de fazer proselitismo de arrastamento, porque entende que o indivíduo só se convence, verdadeiramente, quando faz uso da própria razão. Assim, os que estiverem aptos para aceitarem e assimilarem seus princípios, espontaneamente o buscarão.
É óbvio que a tarefa de divulgação de seus postulados se torna necessário, mas sempre com o imprescindível uso do bom senso, para que seus adeptos não se transformem em exaltados e intolerantes pregadores, que procuram convencer pela imposição! “Desapegar-se da crença cega, exercitando o raciocínio nos princípios doutrinários, para não estagnar-se nas trevas do fanatismo.” [9]
Sendo assim, o que os defensores da Doutrina precisam sempre ter em mente é que o argumento do exemplo será sempre o meio mais convincente e eficiente de sua divulgação. Ao respeitar e valorizar aquele que segue sua religião, como quem também está almejando o caminho do bem, estará demonstrando que a opção a qualquer crença de caráter devocional deve ocorrer livremente.
Considerações de Allan Kardec: “Se nossa fé se consolidou dia a dia, foi porque compreendemos; fazei, pois, compreender, se quereis arregimentar prosélitos sérios.” [10]
Silvia Helena Visnadi Pessenda
REFERÊNCIAS
[1] KARDEC, Allan. A gênese, os milagres e as predições segundo o Espiritismo. Tradução de Salvador Gentile, revisão de Elias Barbosa. 8. ed. Araras, SP: IDE, 1995. Capítulo primeiro. § 14.
[2] KARDEC, Allan. Obras póstumas. Tradução de Salvador Gentile, revisão de Elias Barbosa. 3. ed. Araras, SP: IDE, 1995. Segunda parte: Minha primeira iniciação no Espiritismo: 256-259.
[3] ANDRÉ LUIZ (espírito); XAVIER, Francisco Cândido (psicografado por). Os mensageiros. 33. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1999. Cap. 6: 38.
[4] Idem. Cap. 45: 235.
[5] HUGO, VICTOR (espírito); TERRA, Oneida (psicografado por). Sob a luz da verdade. 2. ed. Catanduva, SP: Boa Nova Editora, 2000. 2ª. parte. Cap. 1º.: 125.
[6] ESPÍRITOS DIVERSOS; XAVIER, Francisco Cândido (psicografado por). Fonte de paz. 4. ed. Araras, SP: IDE, 1997. Cap. 15: Sublime triângulo. p. 67.
[7] EMMANUEL (espírito); XAVIER, Francisco Cândido (psicografado por). O Consolador. 16. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1993. q. 274.
[8] FERNANDES, Odilon (espírito); BACCELLI, Carlos A. (psicografado por). Mediunidade e doutrina. 7. ed. Araras, SP: IDE Editora, 1998. Capítulo XII: Proselitismo: 65.
[9] ANDRÉ LUIZ (espírito); VIEIRA, Waldo (psicografado por). Conduta espírita. 21. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1998. Cap. 46.
[11] KARDEC, Allan. O livro dos Médiuns. Tradução de Salvador Gentile, revisão de Elias Barbosa. 36. ed. Araras, SP: IDE, 1995. 2ª. parte. Cap. XII. § 149.
FRUNGILO JUNIOR, Wilson. Do outro lado. 1. ed. Araras, SP: IDE, 1999.
GARCIA, Wilson. Você e a Reforma Íntima. 1. ed. Capivari, SP: Editora Eldorado/EME, 1998.
INCONTRI, Dora. Para entender Allan Kardec. 1. ed. Bragança Paulista, SP: Lachâtre, 2004.
NOVAES, Adenáuer Marcos Ferraz de. Conhecendo o Espiritismo. 1. ed. Salvador: Fundação Lar Harmonia, 1998.
______. Filosofia e espiritualidade – uma abordagem psicológica. 1. ed. Salvador: Fundação Lar Harmonia, 2004.
PINHEIRO, Luiz Gonzaga. Doutrinação: a arte do convencimento. 1. ed. Capivari,SP: Editora EME, 2003.